No início deste ano, a Maria entrou para o primeiro ano e estava ansiosa por aprender a ler e a escrever.
Era uma criança normal e muito peculiar aos olhos de toda a gente.
Contudo, passado alguns meses das aulas começarem os pais e a professora repararam que alguma coisa não estava bem. A Maria andava muitas vezes com os olhos vermelhos, a letra não era uniforme e tinha algum receio em andar, hesitava o passo inúmeras vezes.
Os pais levaram-na ao médico e foi-lhe diagnosticado baixa visão. Foi uma notícia muito má, mas a Maria enfrentou-a com coragem e num simples murmúrio disse à mãe:
- Hoje aprendi que devo dar valor às coisas simples da vida e pôr de lado tudo o que é mundano, porque amanhã não sei se irei conseguir ver-te!
A mãe emocionada abraçou a filha com todo o carinho e afectividade do mundo, beijando-a calorosamente.
No dia seguinte, a mãe falou com a professora Zélia e decidiram ajudar a Maria.
A partir desse dia, as regras na sala mudaram, organizaram melhor o espaço e a disposição dos materiais e a Maria passou a estar na carteira da frente.
Alguns alunos, mais exibicionistas, brincaram com a situação, até que ela respondeu:
- Isto pode acontecer a qualquer um, esta deficiência pode ser adquirida por várias causas como diabetes ou cataratas… não quero que me tratem de forma diferente, apenas que me ajudem.
As crianças entenderam e juntos fizeram um cartaz grande, elucidativo e multicolor sobre a deficiência visual para colocar na sala de aula e chamar a atenção de todas as pessoas para esta problemática.
Afinal: "Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Francisco 4º ano turma 13 EB1 Luís de Camões Professora Zélia Gonçalves
que bonito
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