"A Gratidão é uma sensação demasiado agradável...Cresce onde as sementinhas são lançadas, floresce sob o sol. De um coração caloroso e bom, cresce mais quando é cuidada.Quase todos temos motivos para a gratidão, eu agradeço a todos os pais e alunos que contribuiram para a realização desta história. O partilhar do vosso tempo e da vossa imaginação conjunta pais-filhos. Obrigada, por se importarem com os vossos filhos, isso ilumina o meu processo de ensino-aprendizagem."
domingo, 20 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
"Os avós na escola"
Aqui estão os avós da Maria João, Sr.º António e a esposa Sr.ª Vírginia, que muito gentilmente vieram elucidar os alunos sobre o 25 de Abril.
Foi muito engraçado o confronto de ideias e de descobrerta através de um interlocutor as diferenças geracionais e de regimes entre a ditadura e o actual regime democrático.
A eles tal como à avó da Inês o nosso AMOR, CARINHO E GRATIDÃO.
A deficiência visual
No início deste ano, a Maria entrou para o primeiro ano e estava ansiosa por aprender a ler e a escrever.
Era uma criança normal e muito peculiar aos olhos de toda a gente.
Contudo, passado alguns meses das aulas começarem os pais e a professora repararam que alguma coisa não estava bem. A Maria andava muitas vezes com os olhos vermelhos, a letra não era uniforme e tinha algum receio em andar, hesitava o passo inúmeras vezes.
Os pais levaram-na ao médico e foi-lhe diagnosticado baixa visão. Foi uma notícia muito má, mas a Maria enfrentou-a com coragem e num simples murmúrio disse à mãe:
- Hoje aprendi que devo dar valor às coisas simples da vida e pôr de lado tudo o que é mundano, porque amanhã não sei se irei conseguir ver-te!
A mãe emocionada abraçou a filha com todo o carinho e afectividade do mundo, beijando-a calorosamente.
No dia seguinte, a mãe falou com a professora Zélia e decidiram ajudar a Maria.
A partir desse dia, as regras na sala mudaram, organizaram melhor o espaço e a disposição dos materiais e a Maria passou a estar na carteira da frente.
Alguns alunos, mais exibicionistas, brincaram com a situação, até que ela respondeu:
- Isto pode acontecer a qualquer um, esta deficiência pode ser adquirida por várias causas como diabetes ou cataratas… não quero que me tratem de forma diferente, apenas que me ajudem.
As crianças entenderam e juntos fizeram um cartaz grande, elucidativo e multicolor sobre a deficiência visual para colocar na sala de aula e chamar a atenção de todas as pessoas para esta problemática.
Afinal: "Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Francisco 4º ano turma 13 EB1 Luís de Camões Professora Zélia Gonçalves
Era uma criança normal e muito peculiar aos olhos de toda a gente.
Contudo, passado alguns meses das aulas começarem os pais e a professora repararam que alguma coisa não estava bem. A Maria andava muitas vezes com os olhos vermelhos, a letra não era uniforme e tinha algum receio em andar, hesitava o passo inúmeras vezes.
Os pais levaram-na ao médico e foi-lhe diagnosticado baixa visão. Foi uma notícia muito má, mas a Maria enfrentou-a com coragem e num simples murmúrio disse à mãe:
- Hoje aprendi que devo dar valor às coisas simples da vida e pôr de lado tudo o que é mundano, porque amanhã não sei se irei conseguir ver-te!
A mãe emocionada abraçou a filha com todo o carinho e afectividade do mundo, beijando-a calorosamente.
No dia seguinte, a mãe falou com a professora Zélia e decidiram ajudar a Maria.
A partir desse dia, as regras na sala mudaram, organizaram melhor o espaço e a disposição dos materiais e a Maria passou a estar na carteira da frente.
Alguns alunos, mais exibicionistas, brincaram com a situação, até que ela respondeu:
- Isto pode acontecer a qualquer um, esta deficiência pode ser adquirida por várias causas como diabetes ou cataratas… não quero que me tratem de forma diferente, apenas que me ajudem.
As crianças entenderam e juntos fizeram um cartaz grande, elucidativo e multicolor sobre a deficiência visual para colocar na sala de aula e chamar a atenção de todas as pessoas para esta problemática.
Afinal: "Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Francisco 4º ano turma 13 EB1 Luís de Camões Professora Zélia Gonçalves
quinta-feira, 10 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
O Outono
O Outono chegou, finalmente!
- Que nos trazes por cá Outono? – interrogam os alunos da turma treze.
- Eu sou a estação de todos os sabores e saberes. Trago-vos o vento, um vento tão forte que despe as árvores todas. – afirma o Outono.
- Pobres árvores que pena tenho de vós! – exclamam os alunos.
Na verdade, as árvores deixam cair as folhas e fazem lindos e fofos tapetes multicolores, no chão, onde apetece rebolar.
As folhas multiplicam-se em vária cores e rodopiam vindo contra nós, calorosamente, sempre que passeamos pelas ruas fora.
O sol ardente está coberto pelas nuvens de algodão, às vezes vem dar um ar da sua graça e aparece quentinho e brilhante.
Mas predominantemente a chuva e o frio circulam pelo mundo do Outono.
- As pessoas começam a dançar como o vento? – questiona a professora Zélia.
- Claro que sim! O vento acaricia as pessoas fazendo as delícias das folhas e animam o pitoresco da paisagem. – profere a Inês
Começa a não se ouvir o piu… piu… melódico dos passarinhos. Alguns emigram para diversos países onde o sol brilha e aquece mais.
As vinhas são uma dádiva de uvas deliciosas e doces, vem a abundância da colheita outonal, de forma majestosa. Na horta e no pomar encontramos dióspiros, romãs, marmelos, figos, peras, maçãs e castanhas.
- E com as castanhas vem o S. Martinho. – gritam as crianças.
No S. Martinho comemora-se uma tradição antiga e muito popular de solidariedade, onde este soldado romano dá a um mendigo, metade da sua capa para este se resguardar do frio e da chuva.
- “No S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho.” – declara o Francisco.
- “Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.” – disse a Lisandra.
Há inúmeros provérbios alusivos a esta época e bem sugestivos!
- Há o magusto! Esta é uma festa onde se salta à fogueira e nós parecemos pulgas pinchonas. – fala a Maria
- E a vindima… - comenta o João.
- Na vindima apanham-se os cachos de uvas para fazer o sumo e o bom vinho, que regala homens e senhoras. – disse o Outono.
Já agora uma adivinha: “Se me rio…
De mim sai uma donzela
Mais donzela do que eu
Ela vai com quem a leva
Eu fico com quem ma deu.”
- O ouriço. – respondem de forma uníssona os alunos.
- Tenho de me ir embora mas volto. – conclui o Outono.
- Adeus, adeus Outono de luz e de cor. Vamos esperar por ti todos os Setembros da nossa vida! – dizem melancólicos os alunos.
A turma esperou e a história terminou.
- Que nos trazes por cá Outono? – interrogam os alunos da turma treze.
- Eu sou a estação de todos os sabores e saberes. Trago-vos o vento, um vento tão forte que despe as árvores todas. – afirma o Outono.
- Pobres árvores que pena tenho de vós! – exclamam os alunos.
Na verdade, as árvores deixam cair as folhas e fazem lindos e fofos tapetes multicolores, no chão, onde apetece rebolar.
As folhas multiplicam-se em vária cores e rodopiam vindo contra nós, calorosamente, sempre que passeamos pelas ruas fora.
O sol ardente está coberto pelas nuvens de algodão, às vezes vem dar um ar da sua graça e aparece quentinho e brilhante.
Mas predominantemente a chuva e o frio circulam pelo mundo do Outono.
- As pessoas começam a dançar como o vento? – questiona a professora Zélia.
- Claro que sim! O vento acaricia as pessoas fazendo as delícias das folhas e animam o pitoresco da paisagem. – profere a Inês
Começa a não se ouvir o piu… piu… melódico dos passarinhos. Alguns emigram para diversos países onde o sol brilha e aquece mais.
As vinhas são uma dádiva de uvas deliciosas e doces, vem a abundância da colheita outonal, de forma majestosa. Na horta e no pomar encontramos dióspiros, romãs, marmelos, figos, peras, maçãs e castanhas.
- E com as castanhas vem o S. Martinho. – gritam as crianças.
No S. Martinho comemora-se uma tradição antiga e muito popular de solidariedade, onde este soldado romano dá a um mendigo, metade da sua capa para este se resguardar do frio e da chuva.
- “No S. Martinho vai-se à adega e prova-se o vinho.” – declara o Francisco.
- “Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.” – disse a Lisandra.
Há inúmeros provérbios alusivos a esta época e bem sugestivos!
- Há o magusto! Esta é uma festa onde se salta à fogueira e nós parecemos pulgas pinchonas. – fala a Maria
- E a vindima… - comenta o João.
- Na vindima apanham-se os cachos de uvas para fazer o sumo e o bom vinho, que regala homens e senhoras. – disse o Outono.
Já agora uma adivinha: “Se me rio…
De mim sai uma donzela
Mais donzela do que eu
Ela vai com quem a leva
Eu fico com quem ma deu.”
- O ouriço. – respondem de forma uníssona os alunos.
- Tenho de me ir embora mas volto. – conclui o Outono.
- Adeus, adeus Outono de luz e de cor. Vamos esperar por ti todos os Setembros da nossa vida! – dizem melancólicos os alunos.
A turma esperou e a história terminou.
Alunos do 4º ano turma 13 da Escola Luís de Camões – Professora Zélia Gonçalves
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